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quarta-feira, 6 de julho de 2011

ADOLESCENTES GRÁVIDAS: NÍVEIS DE ESTRESSE. MACEIÓ 2010

As informações abaixo foram apresentadas no XX CONGRESSO NACIONAL DA ABENEPI, em São Paulo junho de 2011, na modalidade pôster. A pesquisa recebeu o apoio da
FACULDADE DE MEDICINA (FAMED) e da
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL). Sendo realizada pelos seguintes pesquisadores:
Ascanio Cavalcante, Divanise Suruagy Correia, Layse Velloso,
Maria Genelva Costa, Maria Angélica Telles, Maria Jesia Vieira

Introdução: Estresse, termo usado inicialmente por Seyle1, em 1936, é uma resposta do corpo a qualquer demanda que o force a adaptar-se a mudanças. Na área da saúde estuda principalmente, a dinâmica dos mundos objetivo e subjetivo e suas adaptações às diversas contingências do viver2.
Objetivo: Identificar o nível de estresse em adolescentes grávidas assistidas pelo SUS em Maceió.
Método: Estudo quantitativo, transversal, descritivo, que usou como instrumentos um questionário socioeconômico e levantamento de estresse de Lipp3. A mostra foi composta por adolescentes grávidas, atendidas em 11 Unidades de Saúde e 2 Maternidades Escolas, campos de estágio para estudantes universitários da saúde em Maceió, em 2010. Foram excluídas do estudo as adolescentes com patologias mentais e patologias orgânicas graves. Os dados foram analisados com os recursos do Programa Epi Info.
Resultados:
Estudou-se 140 jovens, apenas 34,3% afirmaram ter desejado a gravidez, 8,6% já havia praticado o aborto e 61,2% vivia maritalmente com o pai da criança. Em relação ao número de gravidez a maioria era primípara e se concentrava na faixa socioeonomica C e D. Quanto à educação a maioria tinha o nível de ensino fundamental completo. Do total 80,71%, apresentavam algum grau de estresse e as maternidades foi local onde houve mais grávidas com estresse. Adolescentes que apresentaram sinais de estresse se distribuíram nas fases de alerta (5%), resistência (57%) e exaustão (19%).
Quadro 1 - Distribuição das adolescentes pesquisadas por idade e fase de estresse. Maceió, AL, 2010.
Idade
(em anos)
Fases do estresse encontradas no estudo

Sem estresse
Alerta
Resistência
Exaustão
Total
n
%
n
%
n
%
n
%
11
-
-
-
-
1
100,0
-
-
1
13
1
20,0
2
40,0
2
40,0
-
-
5
14
2
20,0
4
40,0
2
20,0
2
20,0
10
15
5
19,2
1
38,0
17
65,4
3
11,5
26
16
7
22,6
-
­-
15
48,4
9
29,0
31
17
6
27,3
-
-
13
59,1
3
13,6
22
18
3
12,0
-
-
18
72,0
4
16,0
25
19
3
15,0
-
-
12
60,0
5
25,0
20

Discussão: A fisiologia da gravidez mostra que neste período o organismo feminino passa por modificações que provocam adaptações em seu funcionamento , essas adaptações comuns ao processo gravídico são exacerbadas ao surgirem agravos. O fato de 57,1% das adolescentes se encontrarem na fase de resistência, mostra a gravidade do fato uma vez que é nesta fase que o organismo modifica sua homeostase e provoca alterações fisiológicas que causam o surgimento de sintomatologias, e até mesmo de patologias.
Conclusão:
O estresse está presente na amostra estudada, em níveis que podem provocar patologias
o que compromete uma gravidez saudável.

REFERÊNCIAS
1- Seyle H. The Stress of Life. 6 ed. New York: Mc Grraw Hill , 1978.
2- Lipp M. Mecanismos Neuropsicofisiológicos do Stress: Teoria e Aplicação Clínica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003
3- Lipp M. Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo. 2000.

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